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PETAR

O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira fica a 330 km de São Paulo (não dá pra fazer em menos de 6 horas, principalmente com a Serra do Cafezal tão lenta) e é mais um local com o turismo "protegido": para se fazer qualquer trilha dentro dos limites do Parque Estadual, só com um guia local. Para quem quer se planejar com antecedência, o contato pelas agências é mais fácil - e mais caro. Para quem quer se arriscar e procurar um guia pela cidade, tem grandes chances de conseguir fazer o mesmo passeio pagando até 30% do valor que as agências cobram. As próprias agências cobram valores discrepantes entre si.

Eu fui sozinho, e fiz cotações com dois dias de passeio por R$500,00  com uma agência, R$400,00 com outra, e fechei por R$280,00 com a terceira, a Cave Atlântica.

Meu guia foi o Eduardo, bem educado e simpático, me acompanhou bem com meu ritmo mais intenso pelos dois dias.

 

Eu e Eduardo na trilha para a Casa de Pedra. Uma subida interminável!

 

A atração principal do parque são as cavernas, mais de 100 no total, sendo somente algumas poucas abertas à visitação. Várias delas possuem histórias macabras de acidentes e mortes.

O motivo de tão poucas cavernas estarem abertas é devido à falta de preparo dos guias para levarem turistas à elas. Afinal, é preciso que vários conheçam bem uma caverna para que ela seja aberta  à visitação.

No primeiro dia, fizemos o Núcleo Santana e sua trilha principal, a do rio Bethary, que passa por algumas cavernas e termina na Cachoeira das Andorinhas e do Beija Flor. A trilha acompanha o rio, e durante o percurso atravessamos o rio algumas vezes.

 

Na ida da trilha ainda entramos na Caverna da Água Suja. Foi minha primeira experiência com cavernas, só havia entrado em grutas até então. E achei incrível a experiência. Sentir que só a laterninha do capacete me protegia do breu total é uma sensação difícil de explicar. Eu amei. E a caverna é linda. Conta com salões gigantescos, um rio que se inicia dentro dela, e uma cachoeira em seu final!

 

No segundo dia fizemos a trilha da Casa de Pedra, a caverna com o maior pórtico do mundo! São 215 metros de portal. A trilha é uma das mais difíceis, foi o que me disse Eduardo. E realmente, é só subida! Passamos por uma desativada estrada que os mineiros utilizavam para transportar chumbo. Durante a subida me perguntava como os caminhões aguentavam.

 

Chegando na última etapa da trilha, nos deparamos com um cruzamento. À esquerda, a trilha para a Casa de Pedra. Em frente, uma trilha que vai dar no núcleo mais distante do parque, o Caboclos. E à direita, uma trilha clandestina de palmiteiros, que pegam o palmito jussara, nativo da região, e em risco de extinção.

 

Ao final da trilha, impossível não ficar de boca aberta com a Casa de Pedra.

 

A exploração interna da caverna, que consiste em subir o rio que desce pela cachoeira que você vê na foto acima, está fechada. Houve um acidente quando os detritos acumulados dentro da caverna foram jogados com a pressão da água em uma tromba d'água e morreram o guia e um turista enquanto faziam a estreita travessia da caverna. Hoje só se pode chegar ao portal da caverna, mas vários fazem a travessia de forma clandestina.

 

Na volta, pegamos um atalho recém aberto, que está mais para uma escalada, de tão íngreme. É necessário escalaminhar, principalmente na primeira metade do atalho.

 

Uma breve parada na subida do atalho de volta.

 

Impossível não admirar o gigantesco portal.

 

Ah sim, se você está se perguntando sobre as fotos... Foram tiradas com uma Gear 360 emprestada pelo meu amigo Coutinho!

Lá no Petar fiquei acampado no Camping do Benjamin, que tem uma boa estrutura e localização, só achei que o café da manhã poderia ter uma opção mais completa, então fica a dica!

Sobre preços, o ingresso aos Núcleos, menos o da Casa de Pedra, que é gratuito, custa R$14,00 por dia. No camping paguei R$20,00 mais R$10,00 por um básico café da manhã.

Contatos:

Cave Atlântica (15) 3556-0598 e (15) 99842-4741

PETAR: (15) 3552-1875

 

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© 2015 by João Magalhães

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