top of page

Bonito - MS

Com o turismo muito bem desenvolvido, Bonito se encontra a 1.200 km de São Paulo. Lá fizemos os passeios mais bem estruturados - e caros - de todo o projeto Discover Brasil. E alguns ficam entre os mais surpreendentes.

Vamos ver o que achou cada integrante da família:

 

Joseli -  Encontramos uma cidade pequena, em relação à urbanização, muito bem organizada, limpa, com motoristas extremamente educados, parando para todos os pedestres que pretendiam atravessar a rua. O comércio bem variado dispõe de um cardápio que varia da culinária japonesa ao prato mais saboreado de lá – pacu na brasa, da Juanita, apresentando as lojinhas de artesanato e até galerias com obras de artistas mato-grossenses combinadas com café e com pessoas muito atenciosas.

O primeiro lugar visitado foi o “Buraco das Araras”, afastado há uns 60 km da cidade, a fazenda onde esse desastre geológico se situa dá ao turista toda estrutura com banheiros bem equipados e limpos, espaço com café à vontade, além da oferta de objetos e camisetas turísticas.

A dolina conhecida por Buraco das Araras

Todos os passeios, sem exceção, são feitos com vouchers que normalmente adquirimos em agências espalhadas por todos os lugares, inclusive nas pousadas e hotéis. Também somos guiados por profissionais atenciosos que respondem à maioria das perguntas que fazemos e nos mantêm em segurança e sistematicamente organizados, pois os turistas não param de chegar.

Voltando à paisagem do Buraco das Araras, o encanto é automático tamanha beleza da combinação da cor interna das paredes esburacadas com o colorido das penas vermelhas das araras que as habitam.

Próximo a esta fazenda, situa-se uma outra onde se localiza o rio da Prata, reservado para atividade de flutuação. Esta se tornou para nós a mais significativa entrada na natureza de Bonito. Entramos pelo rio Olho d’Água, com água cristalina onde em seu leito passeiam peixes variados em cores e tamanhos – um verdadeiro aquário natural. Percorremos em torno de 2 mil metros, flutuando nessas águas junto com peixes que nos recebem sem nenhum receio, parecendo que somos como eles na maneira como se aproximam e nos encaram.

Os piraputangas, que aparecem em peso nos rios

Um piau se alimentando

Fernando -  A cidade de Bonito possui muitas atrações turísticas, mas ao mesmo tempo são muito caras. As atrações turísticas citadas anteriormente são extremamente bonitas, como o Buraco das Araras, e emocionantes, como a cachoeira do pulo (de 4 metros de altura).

O pior lugar que visitamos, na minha opinião foi a Gruta do Lago Azul, pois no horário que fomos, a visibilidade do lago foi prejudicada, piorando a qualidade das fotos e tudo mais.

O melhor restaurante em que comemos durante a viagem foi o “Juanita”, onde comemos o tradicional e famoso pacú na brasa.

A Gruta do Lago Azul, que recebe luz direta do sol pouquíssimas vezes ao ano

João -  Bonito é um local lindo, mas que exige certo esforço financeiro para se ter uma estada bem aproveitada. A maioria dos passeios são em fazendas, todas regulamentadas pela prefeitura. Esse regulamento estatal é muito forte, e sai caro para nós, clientes. Para se ter uma ideia, até o almoço nas fazendas, que ficam todas relativamente longe da cidade, é tabelado: R$54,00 por pessoa. Sem bebidas! Sim, esse é um ponto negativo do local.

Para quem pode, recomendo ir de carro. O transporte via agências por lá é também bem salgado. Além de irmos de carro, ficamos num hostel. Dormimos em um quarto com três beliches, porém fechado para nós quatro. Saiu bem em conta nossa hospedagem, além de ter sido bem agradável e podermos conhecer outros viajantes, como acabei conhecendo uma família argentina  de oito pessoas que foi de Buenos Aires até lá de carro. Em um único carro!

Os passeios em Bonito são muito bem estruturados. Até demais, pro estilo Discover Brasil. Pra se ter uma ideia, na cavalgada que eu fiz na Estância Mimosa, há uma escada pra subir no cavalo! E os estribos são fechados na frente. Estrutura demais, né?

Nessa mesma estância fizemos uma trilha que passa por várias cachoeiras. A água, bem gelada. Tive a coragem de entrar no lago de uma cachoeira, mas logo depois paramos em outra com uma plataforma de salto com quatro metros de altura! Já estava quase seco e recuperado do mergulho anterior e não quis entrar de novo na água, uma pena.

Dou destaque para o restaurante Juanita que serve um ótimo Pacú na Brasa e aos amigos Mário e Vera que conhecemos na trilha da estância e apareceram na hora certa para se juntarem a nós e dividirmos o enorme peixe, que nós quatro somente não daríamos conta! A Juanita ainda apareceu lá e pudemos visitar a cozinha com a enorme churrasqueira à lenha para o peixe e à gás para a costela, que fica cozinhando por volta de oito horas.

A cachoeira com plataforma

Jacarés habitam o lago da Estância Mimosa

Ainda pudemos presenciar inúmeros animais ao longo da viagem: no Buraco das Araras ainda haviam tucanuçus e um jacaré no lago no fundo da dolina. Um veado campeiro cruzou à frente de nosso carro à noite e, de dia, vimos uma anta morta na beira da estrada, infelizmente. Em toda a estrada vimos muitos animais mortos. Ainda presenciamos uma saracura chegar bem próximo de nós na Estância Mimosa. Também vimos emas e seriemas nos campos.

Nossa ida não foi tão cansativa, já que fomos parando em cidades pelo interior de São Paulo visitando familiares. Já na volta, viemos em uma só tacada. Os exatos 1.200 km de lá até nossa casa nos tomou o dia inteiro, das 07h40 às 23h50, na estrada. Claro que fizemos algumas paradas, e a hora lá é uma a menos que aqui.

Fizemos duas paradas para abastecer, uma delas sendo no posto Zitão, onde também almoçamos, e depois paramos no Varanda do Suco, já perto de Ourinhos, para mais um lanche.

Seriema

Saracura

Um tucanuçu no fundo do Buraco das Araras

© 2015 by João Magalhães

  • Facebook Social Icon
bottom of page